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terça-feira, 12 de maio de 2020

Limbo

Um poema sobre

quando as coisas
vão para lá...

A ideia que se perdeu
e a agonia de tentar lembrá-la.


O amor, que não se pode ter
ou para sempre se foi,
abate sobre nós
como o porrete que mata o gado.

A transa que se transa
desejaríamos sentir,
feito lobos no cio na encruzilhada;

O gozo da vida que temos reprimido.
A primeira carreira de cocaína.
O tapa na cara que desejamos dar.
O chute na bunda que queríamos enfiar.

O maravilhoso texto que digitamos
e se deleta por equívoco,
sem salvar.

A lapa de raba que vimos indo.
O pacote que queremos encher a mão
e cair de boca para chupar.

O momento oportuno,
que deixamos passar.

O erro que falhamos em aprender

A conversa que não tivemos.
O beijo que não lascamos na boca carnuda.
A vaga, que escolhemos
arrependidamente,
não ocupar.

O dito pelo não dito,
bem naquele momento,
que você deveria se impor,
expor suas ideias,
dizer na lata o que se queria sempre dizer...
mas não disse.

Você tem medo de

perder pontos sociais com quem? 

Que me adianta meus feitos
se já estão feitos.
Com eles,
agora e daqui pra frente,
não faço mais nada.

O que faço com a infinidade de coisas
que deixei de fazer,
dizer, agir, praticar?

Trocentos pensamentos,
que me forço vir à tona:

- A impressão que tenho
vem escrita numa folha de papel
em letras garrafais:


A PESAR DE TUDO, NADA.

- Isto é tudo?

Vai pra onde agora?



Manay Deô | Heterônimo Poeta Publicitário Sou #poeta, brinco com #palavras e inventor #palavrários como #redator de #poesiapublicitaria e Soul #Heterônimo criativo e #artista - > 📬 manaydeo@gmail.com

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