sábado, 8 de agosto de 2020

O que Frantz Fanon Me Ensinou

Frantz Fanon
A mascara branca do racismo caiu, então revide com sua pele negra
Diante do racismo
sobre meu corpo preto,

esperam sempre
a minha
paz pacífica.

Ordenam-me
que eu não reaja,
para assim,
me colocar 

separado do racista.

a lógica branca
determina assim
o maniqueísmo
violador da minha
legítima revolta:

O bom e mau
é definido
não por ter
de um lado o racista,
mas porque existe do outro lado
o "meu preto que
não reagiu ao racista".

O olhar branco
me atravessa
até no meu ódio.

Sou deslegitimado
a revidar
contra o opressor.







Uma publicação compartilhada por Gilmar (@cartunista_das_cavernas) em


O branco que se diz meu aliado,
este sim, está autorizado,
por ele próprio
a ficar imóvel,
feito platéia,
prá gravar,
prá assistir
sem fazer nada,
dar de sonso,
dizendo não estar
entendendo nada,
ficar com a cara pálida
assutado:

BUUU!
aqui quem bate
é o racismo.

Reaja.

Revidar racismo
não é violência.
É minha legítima defesa.

É fogo nos
racistas.


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