Exageros
Elídio Santos / Manay Deô
Lotado de mim, só me resta ser eu.
Sem exceções, processado o sumo
Espremido dos repertórios.
Sozinho, sem poder apanhar com olhar
Se quer um tombo dos livros da minha estante,
Quem sou? Quem posso? Quem inspiro?
O que me descubro a cada esquina do desconhecido,
A cada detalhe do meu cotidiano desprezado,
Que quando percebo, me assombro:
lá estou eu, estranhado.
Emaranhado em medos, refúgios, desculpas
Procrastinação, faço a conta:
Quantas mantas eu teceria com os carreteis desperdiçados?
Invernos inteiros tremendo de covardia.
Passado é temer significados.
Futuro é... onde fui parar quando não estou vivendo o presente?
Algumas vezes é aqui, no agora,
que você poder ser tudo que pode ser.
Eu, excessos emaranhados,
temo encontrar equilíbrio.
Eu, sozinho, um estranho.
Eu, somado aos mEus,
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