vão para lá...
A ideia que se perdeu
e a agonia de tentar lembrá-la.
O amor, que não se pode ter
ou para sempre se foi,
abate sobre nós
como o porrete que mata o gado.
A transa que se transa
desejaríamos sentir,
feito lobos no cio na encruzilhada;
O gozo da vida que temos reprimido.
A primeira carreira de cocaína.
O tapa na cara que desejamos dar.
O chute na bunda que queríamos enfiar.
O maravilhoso texto que digitamos
e se deleta por equívoco,
sem salvar.
A lapa de raba que vimos indo.
O pacote que queremos encher a mão
e cair de boca para chupar.
O momento oportuno,
que deixamos passar.
O erro que falhamos em aprender
A conversa que não tivemos.
O beijo que não lascamos na boca carnuda.
A vaga, que escolhemos
arrependidamente,
não ocupar.
O dito pelo não dito,
bem naquele momento,
que você deveria se impor,
expor suas ideias,
dizer na lata o que se queria sempre dizer...
mas não disse.
Você tem medo de
perder pontos sociais com quem?
Você tem medo de
perder pontos sociais com quem?
Que me adianta meus feitos
se já estão feitos.
Com eles,
agora e daqui pra frente,
não faço mais nada.
O que faço com a infinidade de coisas
que deixei de fazer,
dizer, agir, praticar?
Trocentos pensamentos,
que me forço vir à tona:
- A impressão que tenho
vem escrita numa folha de papel
em letras garrafais:
A PESAR DE TUDO, NADA.
- Isto é tudo?
Vai pra onde agora?
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